O app de vídeos curtos TikTok, da desenvolvedora musical.ly (que foi adquirida pela rede social chinesa ByteDance em 2017), não tem passado por dias de glória na Índia. Após enfrentar uma reação negativa pelos órgãos reguladores de lá, nesta semana o app foi removido das lojas de aplicativos da Apple e do Google, como informou o Quartz India.
Se você não conhece o TikTok, ele é uma plataforma que possibilita aos usuários criarem e compartilharem vídeos curtos aprimorados com efeitos digitais (como o Snapchat ou o Instagram) que teve muito sucesso em países asiáticos. Na Índia, o app já baixado mais de 240 milhões de vezes, de acordo com uma pesquisa da empresa de análise Sensor Tower.
Contudo, no último dia 3, um tribunal do estado indiano de Tamil Nadu pediu ao governo federal para proibir o app no país, alegando que o serviço incentivava a pornografia e advertindo para a ação de predadores sexuais. De acordo com a Reuters, uma autoridade do Ministério da Tecnologia da Informação informou que o governo federal enviou uma carta à Apple e ao Google solicitando a remoção do app de suas plataformas.
Após o pedido do governo federal, a ByteDance apelou da decisão, alegando que isso prejudicaria a empresa. De acordo com a desenvolvedora, o parecer afetaria os direitos de liberdade de expressão, mas quando o caso foi encaminhado ao tribunal estadual, um juiz rejeitou o pedido da ByteDance para suspender a ordem de banimento do app.
Quanto às acusações, a ByteDance afirma que analisou o conteúdo produzido pelos usuários indianos e havia removido mais de 6 milhões de vídeos que violavam seus termos de uso e diretrizes. Em um comunicado emitido antes do banimento do app, a empresa explicou que estava aumentando seus esforços para monitorar o conteúdo censurável.
Essa não é a primeira vez que um país toma medidas contra o TikTok. Em fevereiro passado, a Comissão Federal de Comércio americana (Federal Trade Commission, ou FTC) multou a ByteDance em US$5,7 milhões após alegações de violações de leis de privacidade infantil. Nesse caso, a desenvolvedora foi acusada de coletar dados pessoais de usuários com menos de 13 anos sem o consentimento dos responsáveis.
via TechCrunch, AppleInsider