A essa altura, as expectativas de que a Apple lançará um headset de realidade aumentada/virtual na WWDC23, na próxima segunda-feira (5/6), são quase concretas. Alvo de uma série de rumores há anos, o produto deverá ser a maior novidade do evento — além de representar o nascimento de uma nova linha de produtos da Maçã em um bom tempo.
Às vésperas da conferência, o jornalista Mark Gurman, da Bloomberg, trouxe mais detalhes sobre o que podemos esperar em relação à apresentação do headset. Segundo ele, haverá uma grande estrutura no Apple Park para demonstrações controladas do dispositivo pelos presentes, incluindo a imprensa, com foco em alguns recursos especiais do dispositivo.
– A Apple também está discutindo notificar potenciais consumidores com certas condições que eles não devem comprar ou usar o dispositivo devido ao impacto que a AR e a VR podem ter em sua saúde. Isso inclui pessoas com a Doença de Ménière, lesões cerebrais pós-traumáticas, síndrome pós-concussão, enxaquecas e vertigem.
– Alguns testadores também acharam que o produto, que está chegando perto de um estágio de desenvolvimento chamado DVT — ou Teste da Validação de Design — está superaquecendo.
Deverá haver, ainda, outra área de hands-on no Steve Jobs Theater, a qual estará aberta para desenvolvedores após a keynote, segundo o jornalista. A apresentação gravada da WWDC23 será reproduzida no Apple Park no mesmo local que no ano passado, embora com uma nova cobertura, de modo a evitar queimaduras por exposição à luz solar.
Com as novas especulações, Gurman revelou o que a Apple deverá usar para atrair compradores inicialmente — antes de os desenvolvedores mergulharem no processo de criação dos aplicativos. Essa aplicação do FaceTime com imersão, por exemplo, deverá ser feita com avatares mais próximos da realidade, e não algo como Memojis, de modo a simular uma conversa feita cara a cara.
Como ressaltou o 9to5Mac, o nome do headset ainda não é um consenso entre os rumores. Apesar de ser bastante provável que o sistema do dispositivo se chame “xrOS”, ainda há dúvidas sobre a denominação do produto em si; algumas possibilidades incluem “Apple Reality Pro”, “Apple Reality One” ou mesmo “XR Pro”. Além disso, o produto só deverá chegar às lojas entre o final de 2023 e o início de 2024.
Algo interessante são as expectativas para o impacto social e mercadológico que o headset causará, bem como o grau dessa mudança na forma por meio da qual as pessoas veem a linha de produtos da Apple. Nesse sentido, Gurman disse que o produto será parte “símbolo de status” e parte “futuro da computação”.
Novidades dos sistemas
Como sabemos, a finalidade principal da WWDC é apresentar aos desenvolvedores os novos sistemas, que depois passam por uma fase de testes até serem liberados para os usuários em geral alguns meses depois. Nesse sentido, Gurman também comentou possíveis novidades que poderemos ver nos sistemas da empresa.
Além de outras mudanças, como as relativas a widgets, o watchOS 10 poderá ter os principais apps reformulados, adaptando-os para as telas maiores do Apple Watch Ultra e dos outros modelos mais recentes, que contam com bordas mais finas. Essa é uma reclamação comum dos usuários do dispositivo e algo similar ocorreu, por exemplo, com o lançamento do iPhone 6, com as telas maiores.
Com essa reformulação, além dos novos recursos, os botões físicos do relógio deverão ganhar novas funções, referindo-se às novas funções do watchOS 10. A Digital Crown, por exemplo, deverá abrir os widgets no lugar da tela de Início, entre outras modificações.
Já no iOS 17, o app Carteira (Wallet) deverá mostrar também dados sobre finanças e a fatura de outros cartões de crédito além do Apple Card, replicando a experiência oferecida com o cartão da Maçã. Como parte dos esforços da empresa em se expandir na área financeira, a ideia deverá ser tornar o app algo próximo de uma central de finanças, para além do Apple Pay e de ingressos e bilhetes de passagens.
