Eddy Cue (vice-presidente sênior de serviços), John Giannandrea (vice-presidente de aprendizado de máquina e estratégia de inteligência artifical)e Adrian Perica (vice-presidente de desenvolvimento corporativo) — todos executivos da Apple — terão que depor em um julgamento que investiga se o Google abusa ou não de seu poder como buscador.
De acordo com a Reuters, o juiz distrital Amit Mehta negou os esforços da Maçã para anular as intimações e determinou que os executivos terão que comparecer ao tribunal. Eles argumentavam que a obrigatoriedade de torná-los testemunhas no julgamento era desnecessária, visto que eles já haviam respondido a perguntas sobre o caso em um estágio anterior.
Mesmo não sendo réu no caso, a Apple já divulgou mais de 125 mil documentos de seus executivos seniores para a investigação — o que explica os esforços da empresa para não ser mais incluída no caso. Segundo a agência de notícias, é uma prática comum empresas tentarem barrar ou minimizar intimações que solicitam informações ou depoimentos de seus altos executivos.
A Apple, vale recordar, é uma das peças centrais no caso devido ao acordo anual que prevê o pagamento de bilhões de dólares do Google à ela para que o buscador permaneça como o serviço de pesquisas padrão do Safari — um dos navegadores mais usados no mundo dos smartphones.
De acordo com as investigações, o Google pagaria até mesmo para que a Maçã não invista em um motor de pesquisas proprietário — algo que está no campo dos rumores há alguns anos, mas que nunca deu indícios de que sairá do papel (apesar de alguns boatos na direção contrária).
Esse assunto será o centro do depoimento principalmente de Cue. Segundo um documento [PDF] divulgado pelo 9to5Mac, o depoimento do executivo terá como foco tanto o acordo multibilionário entre as duas empresas quanto a relação da Apple com companhias que contam com serviços concorrentes ao da gigante de Mountain View, como Microsoft (Bing) e DudkDuckGo.
