Há dois anos, falamos aqui sobre um lamentável acidente ocorrido numa estrada do Texas (Estados Unidos), quando uma criança de cinco anos morreu após o carro em que estava ser abalroado por trás por outro automóvel em alta velocidade.
Como o condutor desse outro veículo estava utilizando o FaceTime no momento da colisão, os pais da menina processaram a Apple, alegando que a empresa tinha responsabilidade no acidente por nunca ter implementado uma patente registrada em 2009 que descrevia uma ferramenta para impedir o uso de um smartphone por parte do condutor de um veículo em movimento.
Agora, dois anos depois, como informou a BBC, o processo foi encerrado sem quaisquer tipo de ônus para a Apple. A corte da Califórnia onde a ação estava sendo julgada determinou que a Maçã não tem qualquer responsabilidade no acidente e não deve qualquer tipo de compensação ao casal James e Bethany Modisette, pais da vítima. Segundo a determinação, é impossível determinar que o design do iPhone e o funcionamento do FaceTime constituam uma causa direta dos danos sofridos.
A corte já tinha chegado a essa conclusão em maio passado, mas o casal entrou com vários recursos contra a Apple; todos acabaram com a mesma determinação. Basicamente, os juízes concordam que não é responsabilidade das empresas de tecnologia o uso que indivíduos fazem de seus produtos; a culpa do acidente, portanto, recai totalmente nos ombros de Garrett Wilhelm, o jovem de 20 anos que estava usando o FaceTime enquanto dirigia o próprio carro.
Seja qual tenha sido o resultado, a história toda é muito triste. Que, ao menos, fique a lição: nunca, nunca opere aparelhos eletrônicos enquanto estiver dirigindo — as consequências podem ser fatais.