Cada vez mais, a União Europeia morde um novo pedaço da maçã que está nas suas mãos. Trocadilhos à parte, novas informações da Reuters revelam que a Apple se ofereceu para abrir a tecnologia NFC1 do iPhone, que alimenta o Apple Pay, para outros serviços de pagamento — com o intuito de combater as reivindicações antitruste na UE.
A Reuters disse que a informação veio de “três pessoas familiarizadas com o assunto”, mas não forneceu qualquer contexto por trás da suposta oferta. Ainda de acordo com o veículo, a Comissão Europeia provavelmente analisará o feedback de empresas rivais e clientes antes de decidir se aceita a oferta da Apple.
Eles apontaram, por fim, que o Apple Pay é usado por mais de 2.500 bancos na Europa e por mais de 250 fintechs.
Apesar dessa numerosa quantidade de parcerias, em maio de 2022, o órgão antitruste da UE se opôs à restrição ao acesso da tecnologia que alimenta o recurso por empresas do mesmo setor, o que tornou difícil para os concorrentes desenvolverem serviços alternativos de pagamento móvel em dispositivos da Apple.
Serviços como PayPal também podem ter desempenhado um papel na decisão da UE de investigar a Apple em torno do suposto domínio que ela mantém sobre o chip NFC de iPhones.
Vale notar que a UE não é a primeira a se debruçar sobre esse alegado controle da Apple: na Austrália, já corre um projeto para abrir o NFC de iPhones para serviços concorrentes, o qual a companhia está se opondo ferrenhamente — ou seja, o contrário da suposta oferta que ela fez na Europa.