Nós já comentamos diversos casos em que o Apple Watch foi considerado o “salva-vidas” da história, mas dessa vez a situação foi um pouco diferente: o gadget “comprovou” que uma pessoa nos Estados Unidos estava mentindo no seu depoimento para a polícia, contribuindo para que ela fosse processada por falso testemunho.
O caso ocorreu em West Bloomfield, no estado americano de Michigan, onde Sean Samitt, de 26 anos, contou ter sido esfaqueado do lado de fora de uma sinagoga, segundo informações do Detroit Free Press.
Samitt, que trabalhava no templo judaico, contou para a polícia que teria sido atacado por alguém “gritando insultos anti-semitas”; os oficiais, no entanto, suspeitaram do depoimento da “vítima” após coletarem imagens das câmeras de segurança do local (e constatarem que não houve nenhum ataque).
A polícia, então, considerou que os ferimentos poderiam ter sido autoinfligidos, mas a “confirmação” veio com a coleta de alguns dados de saúde do Apple Watch (registrados no iPhone) de Samitt — os quais mostraram que os batimentos cardíacos dele não aumentaram durante o suposto ataque, e sim logo antes de ele mesmo se esfaquear.
Samitt então admitiu ter feito esfaqueado a si próprio “acidentalmente” depois de perder a consciência enquanto lavava a louça, mas os dados de oxigenação do sangue coletados pelo Apple Watch no mesmo dia indicam que também não esteve inconsciente. Ele disse que mentiu por causa de assédio no local de trabalho, embora a polícia diga que isso também seria falso.
Samitt foi preso no dia 20 de dezembro passado e processado por falso testemunho, pelo qual ele poderá ser julgado e condenado a até quatro anos de prisão. Ou seja, não cometa crimes — especialmente se você tiver um Apple Watch.
via Newsweek