Vários grupos de ativistas se uniram para ajudar a libertar trabalhadores da etnia uigure — povo de raízes muçulmanas que habita o território de Xinjiang, no noroeste da China — que estariam trabalhando em fábricas chinesas sob condições forçadas. Uma das empresas citadas pela coalização nesse processo é a Apple, cuja fornecedora Nanchang O-Film Tech foi acusada de violar direitos humanos e espionar trabalhadores uigures.
A Apple já enfrentou alegações de más condições de trabalho nas fábricas chinesas de suas parceiras antes, mas a possibilidade de que essas pessoas estejam sendo forçadas a trabalhar contra sua vontade é uma questão completamente diferente. Infelizmente, vários indícios analisados pela coalizão de ativistas aponta para possíveis abusos na linha de produção da Apple — além de outras grandes empresas americanas, como Nike e Gap, de acordo com a BBC News.
A China, que acredita-se ter detido mais de 1 milhão de uigures em campos de internação em Xinjiang, descreveu seus programas — que supostamente incluem esterilização forçada — como treinamento e educação no trabalho.
Em sua defesa, a Apple disse, nesta semana, que uma investigação “não encontrou evidências de trabalho forçado nas suas linhas de produção”, mas que a empresa continuará monitorando a situação.
A coalizão de ativistas quer que as empresas continuem investigando suas fornecedoras as quais possuem fábricas na China e interrompam o contrato com elas caso sejam pegas apoiando trabalho forçado — o mínimo a ser feito, obviamente…
via 9to5Mac