30 de dezembro de 2019 Cardiologista processa Apple por tecnologia do Watch

Cardiologista processa Apple por tecnologia do Watch

Sensor cardíaco do Apple Watch Series 4

Uma das capacidades do Apple Watch (principalmente a partir do Series 4, com o recurso de ECG) é a de detectar fibrilação atrial (atrial fibrillation, ou Afib), um subtipo de arritmia cardíaca caracterizada pelo ritmo irregular dos batimentos do coração. Com efeito, essa é uma das funções do relógio da Maçã que mais contribui para a saúde dos usuários, como informamos diversas vezes.

Apesar de ser uma função extremamente positiva, a Apple pode ter infringido algumas patentes para implementá-la – e agora ela está sendo processada por isso, de acordo com uma nova reportagem da Bloomberg.

Segundo a publicação, o cardiologista Joseph Wiesel, da Universidade de Nova York, abriu uma ação contra a Maçã alegando que essa tecnologia (supostamente) viola uma patente sua (registrada no USPTO1) de 2006 para detectar batimentos cardíacos irregulares.

Wiesel teria notificado a Maçã sobre sua patente no dia 20 de setembro de 2017, após o lançamento do Apple Watch Series 3. De acordo com o médico, a gigante de Cupertino se recusou a negociar de “boa fé” mesmo depois que o profissional da saúde forneceu à companhia os documentos detalhados de reivindicação da patente.

Mais precisamente, o processo apenas cita o Apple Watch, uma vez que a patente descreve a necessidade de haver algum tipo de microprocessador que mantém o controle do tempo e interpreta as leitura dos sensores fotopletismógrafos — em suma, basicamente o que o relógio faz.

De acordo com a Bloomberg, embora Wiesel tenha uma carreira longa na área da saúde, aparentemente ele não fez parte de qualquer equipe que tenha desenvolvido algum hardware ou software para comercializar a tecnologia em questão — ou seja, ele não a implementou em nenhum produto.

Não obstante, como o médico é o atual detentor da patente, ele está dentro do seu direito para exigir o reparo da infração. Nesse sentido, Wiesel solicita à Maçã o pagamento de royalties e dos honorários advocatícios. Ele afirma, ainda, que a infração é “voluntária, intencional e deliberada”, o que aumenta os possíveis danos a serem pagos pela companhia.

via AppleInsider

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