A China está aumentando as restrições no que diz respeito à disponibilidade de aplicativos para smartphones no país. Agora, desenvolvedores terão que divulgar detalhes dos seus negócios com o governo e serão obrigados a ter uma sede física em terras chinesas — o que poderá resultar na retirada de um grande número de softwares das lojas de apps por lá.
De acordo com uma reportagem da agência de notícias Reuters, o Ministério da Indústria e Tecnologia da China informou que os desenvolvedores terão até março do próximo ano para se adequar às novas regras.
Em teoria, as limitações objetivam combater fraudes online, mas especialistas afirmam que elas podem ser encaradas como uma “triagem”, na qual o governo fornecerá uma espécie de licença para permitir a publicação de apps em plataformas como a App Store e Google Play — como já acontece para games.
Esses analistas acreditam que muitos pequenos desenvolvedores de outros países (e até mesmo da própria China) serão prejudicados, visto que eles deverão, no mínimo, se associar a alguma editora para garantir a presença física em terras chinesas para cumprir tais regras.
Até mesmo aplicativos famosos de redes sociais (como o X e o Facebook) poderão sumir da App Store chinesa quando as regras entrarem em vigor, já que não contam com escritórios no país. Apesar do uso dessas plataformas ser estritamente proibido, ainda é possível baixar tais apps em smartphones e utilizá-los no exterior — o que não será mais possível caso eles sejam removidos da loja (pelo menos no caso do iOS, que não permite sideloading).
Complicado…