O mercado de aplicativos de mapas parece bastante consolidado atualmente, com apps como o Google Maps, o Apple Maps e o Waze — se considerarmos também apps de navegação — dominando as primeiras colocações. Mas agora essas gigantes podem ter esse reinado ameaçado pela Overture Maps Foundation.
Trata-se de uma iniciativa da Meta, da Amazon, da Microsoft e da empresa de mapas TomTom para disponibilizar de forma livre, a desenvolvedores, dados de mapas interoperáveis. Isso permite que as empresas contribuam com seus próprios dados e que os membros combinem recursos para criar mapas ainda mais completos, precisos e atualizados à medida que o espaço físico do mundo muda.
A fundação foi formada no ano passado, mas o dia de hoje representa um marco: foram liberados os primeiros conjuntos de dados abertos de mapas da Overture para desenvolvedores. Esses dados combinam várias fontes de mapas abertos, as quais foram validadas por meio de uma série de verificações de qualidade antes de serem disponibilizadas.
Para Marc Prioleau, diretor executivo da Overture Maps Foundation, a disponibilidade inicial desses dados para download é apenas o começo. Segundo ele, a organização planeja contar com uma ampla rede de colaboração para construir e manter esse banco de dados atualizado e abrangente ao longo do tempo.
Foram quatro os conjuntos de dados exclusivos disponibilizados: um para locais de interesse (que inclui mais de 59 milhões de registros), um para edifícios, uma para dados de transporte e outro dedicada a limites administrativos nacionais e regionais (com nomes traduzidos para mais de 40 idiomas diferentes).
O conjunto de dados de locais, em particular, representa um grande conjunto de dados aberto, anteriormente indisponível, com o potencial de mapear tudo, desde novos negócios (grandes e pequenos) até mercados de rua pop-up localizados em qualquer lugar do mundo.
Com o lançamento, desenvolvedores agora não precisarão mais pagar caso queiram usar um grande banco de dados de mapas em larga escala em seus softwares. A Apple, por exemplo, cobra pelo uso da sua API1 do Mapas em apps não nativos, enquanto o uso gratuito da API do Google Maps é limitado a uma certa quantidade de carregamentos por mês.
Será que teremos mudanças nesse mercado tão estável?
