Como já se tornou costume no MacMagazine, todo primeiro sábado do mês elencamos aqui alguns dos temas mais quentes que rolaram no mundo da Apple e da tecnologia no mês que passou.
Desta vez, não vai ser diferente: daremos destaque a alguns dos rumores que rolaram, polêmicas relacionadas a certas redes sociais () e o que esperar do evento especial da Apple, que ocorrerá depois de amanhã.
Resultados financeiros
No primeiro dia de agosto, a Apple revelou seus resultados financeiros referentes ao terceiro trimestre fiscal de 2024, o qual foi finalizado em 29 de junho.
A principal informação repassada pela empresa aos investidores foi o seu faturamento de US$85,8 bilhões (um aumento de 5% em relação ao mesmo período do ano passado), dentro dos quais US$21,5 bilhões foram lucro líquido e US$1,40 em ganhos por ação diluída – números acima do aguardado por analistas de Wall Street.
Dentre os setores de maior crescimento, estiveram o iPad, com US$7,2 bilhões de faturamento (+24%) e o Serviços, que angariou US$24,2 bilhões (+14%).
Para entender um pouco melhor sobre estes números, separamos alguns gráficos mostrando comparações com os trimestres anteriores.
Mac mini ainda mais… mini!
Quando a Apple realizou a transição da sua linha de Macs dos antigos processadores Intel para o Apple Silicon (iniciada em 2020), alguns modelos de Macs foram logo em seguida atualizados com um novo design mais alinhado a uma nova linguagem visual.
Um dos Macs que não recebeu este banho de loja, entretanto, foi o Mac mini, que permanece até hoje com o design estreado em meados de 2010.
Contudo, rumores mais recentes indicam que o Mac mini deverá finalmente receber um novo design, o qual deverá contar com uma carcaça bem menor do que a atual, aproximando-se ao tamanho de uma Apple TV — apesar de um pouco mais alto (cerca de 3,58cm de altura).
Ao que indicam os rumores, são aguardados dois modelos: o de entrada, com chip M4, e uma versão mais parruda, equipada com o vindouro processador “M4 Pro” — ambos com um mínimo de 16GB de memória unificada (se tudo der certo).
Em termos de portas, esses novos Macs mini poderão, pela primeira vez, dar adeus às portas USB-A, em favor de até cinco portas USB-C (três na parte traseira e duas na frontal) — além, é claro, de uma porta HDMI e uma saída de áudio de 3,5mm.
Informações da cadeia de fornecimento da Apple vêm indicando que esses novos Macs deverão chegar até o final do ano (talvez em um evento em outubro, com lançamento em novembro), junto a versões atualizadas do iMac e dos MacBooks Pro — todos com processadores da linha M4.
Robô a là iPad
Os rumores de um aparelho voltado para a casa inteligente, semelhante a um iPad com um suporte articulado, continuam em alta. Agora, novas informações corroboram os rumores.
Aparentemente, a Maçã já teria alocado centenas de pessoas para trabalhar nesse dispositivo, o qual deverá custar em torno de US$1.000, terá acesso à Apple Intelligence e a capacidade de inclinar a tela para cima/baixo e fazê-la girar 360º.
Como parte das suas funções, seria possível permitir o usuário controlar dispositivos de casa inteligente, realizar videochamadas e atender comandos de voz, “seguindo” o usuário pelo ambiente. O aparelho também rodaria uma versão modificada do iPadOS, tornando-o ainda mais semelhante ao seu irmão portátil.
Apesar de existir ceticismo por parte de executivos da empresa quanto à necessidade de tal aparelho, a Apple estaria empenhada em alavancar seu portfólio de produtos voltados à casa inteligente (com ainda mais robôs no horizonte). A ideia, vale notar, seria lançar esse “iPad robô” em algum momento entre 2026 e 2027.
Google monopolista
Falando agora sobre imbróglios judiciais, no último mês o juiz americano Amit Mehta decidiu declarar que os acordos entre Google e Apple, os que garantem que a gigante de Mountain View seja mantida como mecanismo de busca padrão dos aparelhos da Maçã, violam as leis antitruste do país.
Ele concluiu que esses acordos prejudicam tanto a concorrência (por desestimular o crescimento de mecanismos de busca alternativos) quanto as próprias empresas (Apple e Google), pois enquanto o Google mantém um controle de cerca de 95% das buscas em smartphones, a Apple fica sem interesse em desenvolver um mecanismo de busca próprio.
Só pra se ter uma ideia, em 2022, o Google pagou US$20 bilhões à Apple para se manter como buscador padrão nos aparelhos da marca. Portanto, essa é uma decisão que também prejudicará (apesar de pouco) os bolsos da Maçã.
A decisão é considerada como uma vitória para o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ), mas ainda não está completa. O Google argumenta que seu sucesso se deu graças à qualidade dos seus serviços e prometeu apelar.
De qualquer modo, o caso agora entrou na fase de sanções, as quais definirão as medidas a serem adotadas para diminuir a influência da empresa. Você pode conferir esse artigo que explica mais a fundo algumas dessas possibilidades.
X suspenso no Brasil
Com certeza o assunto mais comentado no mundo da tecnologia no último mês foi a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de bloquear a rede social X (antigo Twitter) no Brasil.
A decisão, tomada no dia 30 de agosto e concretizada em 2 de setembro, levou ao bloqueio do acesso à rede social no país até que a empresa cumpra três exigências:
- Bloquear perfis com conteúdos antidemocráticos ou criminosos;
- Pagar as multas acumuladas, que ultrapassam R$18 milhões;
- Nomear um representante legal no país.
Uma multa de R$50 mil por dia foi decretada para aqueles que decidirem usar uma VPN 1 para acessar a rede social, apesar de não ter ficado claro como seria feito o rastreio desses usuários.
Isso tudo aconteceu apenas alguns dias depois de o X anunciar o encerramento das operações do seu escritório no Brasil, motivada por uma “ordem secreta” do governo brasileiro. Além disso, a empresa afirmou que o ministro teria ameaçado prender a representante legal da rede no Brasil por não cumprir ordens judiciais, incluindo a aplicação de uma multa diária de R$20 mil.
Fato é que essa briga teve uma grande beneficiária: a rede social concorrente Bluesky, que liderou os rankings das lojas de aplicativos na última semana. Resta aguardar para vermos o desenrolar dessa história…
Evento especial à vista!
Por último, mas não menos importante, a Apple anunciou há algumas semanas que realizará o seu tradicional evento especial de setembro na próxima segunda-feira (9/9). Intitulado “It’s Glowtime” (ou “Hora de brilhar”, em português), o evento promete trazer uma série de anúncios importantes.
O maior deles, é claro, seriam os “iPhones 16”, os quais, além de estarem cotados a receberem o bastante especulado novo “botão de Captura” e telas maiores nos modelos Pro, agora parecem que virão em uma tonalidade na cor bronze (substituindo o Titânio azul), e carregamento rápido de até 40W.
Além dos iPhones, a Apple também promete uma comemoração digna para os dez anos do anúncio do primeiro Apple Watch. O famigerado novo modelo poderá trazer telas maiores e talvez a primeira mudança de visual no relógio em anos (ou não). Também são esperados novos AirPods.
A evento acontecerá às 14h (pelo horário de Brasília, equivalente às 10h em Cupertino e às 18h em Lisboa), no Steve Jobs Theater, diretamente do Apple Park. Mas é claro que você poderá acompanhar a cobertura completa dele aqui no MacMagazine, tanto no site quanto no nosso canal do YouTube.
E aí, alguém animado?