Parece que o momento não é bom para o AMP (Accelerated Mobile Pages), framework do Google que renderiza páginas da web de forma mais simples para (supostamente) economizar dados e exigir menos processamento do dispositivo. Ontem já falamos sobre o anúncio do Brave de um recurso para bloquear o framework, e o navegador não é o único: o DuckDuckGo está seguindo pelo mesmo caminho.
A empresa focada em privacidade anunciou recentemente no Twitter que seus navegadores (para macOS, iOS e Android) e suas extensões (para Firefox e Chrome) já estão configurados para bloquear as versões AMP de páginas. Ou seja, mesmo que um site tenha o framework do Google ativado, o DuckDuckGo “burlará” o seu carregamento e exibirá a versão original da página.
A justificativa do DuckDuckGo vai pelo mesmo caminho dos desenvolvedores do Brave: o pretexto do Google para o AMP (menos dados e exigência de processamento) seria apenas uma cortina para uma tecnologia que, segundo a empresa, permite que a gigante de Mountain View rastreie os usuários ainda mais de perto e priorize, em seu serviço de buscas, páginas com o framework ativada.
Em resposta às acusações recentes, o Google afirmou que as afirmativas são falsas. Em comunicado enviado ao The Verge, a porta-voz da empresa, Lara Levin, afirmou o seguinte:
As acusações sobre o AMP são enganosas e repetem uma série de alegações falsas. O AMP é um framework de código aberto que foi desenvolvido de forma colaborativa com publicações, empresas de tecnologia e o Google como uma forma de carregar mais rapidamente o conteúdo da web, permitindo que publicações e sites criem experiências melhores na internet de maneira mais fácil.
De qualquer forma, a mudança já está valendo nos serviços do DuckDuckGo. Acharam uma boa?
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