19 de julho de 2019 Novo spyware pode coletar dados do iCloud de usuários

Novo spyware pode coletar dados do iCloud de usuários

Login do iCloud em iPhone

Um novo tipo de malware divulgado pelo Financial Times1 colocou o mundo cibernético sob tensão devido à abrangência do ataque, que pode afetar usuários da Apple, da Amazon, do Google e da Microsoft.

Criado pelo NSO Group — uma empresa israelense conhecida por desenvolver e vender softwares de espionagem para iOS, como o Pegasus —, o novo spyware pode, supostamente, invadir tanto a conta do iCloud de um usuário quanto o próprio iPhone dessa pessoa, bem como smartphones que rodam Android.

Além disso, a ferramenta também é capaz de coletar aplicativos de terceiros instalados nesses dispositivos, principalmente aqueles que se comunicam por meio de conexões “criptografadas e seguras”, como o WhatsApp e o Telegram.

Detalhadamente, o software espião é capaz de clonar o código de autenticação usado para acessar serviços como o iCloud. Ele pode, ainda, assumir o perfil do dispositivo de um usuário em um ataque conhecido como man-in-the-middle (“homem no meio”, em tradução direta), permitindo que o invasor faça download dos dados que desejar do servidor de origem, realizando solicitações que parecem vir do dispositivo de origem.

Os invasores que usam a ferramenta são capazes de acessar uma gama de informações privadas, incluindo o histórico completo dos dados de localização, mensagens ou fotos arquivadas. Ademais, eles podem receber mensagens de texto salvas no iCloud e clonar as credenciais de usuário do Facebook, por exemplo — ou seja, é um ataque realmente completo.

Assim como a maioria dos spywares, o ataque promovido pelo software da NSO Group pode acontecer silenciosamente, porém ele não requer que o usuário informe suas senhas ou credenciais de nenhuma forma para o cracker, como costuma acontecer.

Para o Financial Times, a Apple não negou a existência de “ferramentas que podem realizar ataques direcionados a um número pequeno de dispositivos”, e que tais softwares não são capazes de gerar “ataques generalizados contra os consumidores”.

Paralelamente, a Microsoft disse que está “evoluindo continuamente” suas proteções. Ela e a Amazon afirmaram estar investigando o caso.

imagem: Cristian Dina / Shutterstock.com
via 9to5Mac

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