27 de junho de 2023 Profissionais preferem MacBook Pro ao novo Mac Pro

Profissionais preferem MacBook Pro ao novo Mac Pro

Mac Pro

Na WWDC23, uma nova geração do Mac Pro foi finalmente lançada. Equipado agora com o poderoso chip M2 Ultra, ele era a última máquina da Apple que ainda usava um processador Intel. Mesmo assim, o novo dispositivo não parece ter agradado o seu público-alvo: o de profissionais high-end.

De 20 pessoas que trabalham em áreas como desenvolvimento de software e produção audiovisual ouvidas pelo The Verge, 19(!) disseram não ver necessidade em usar um Mac Pro. Para a maior parte delas, o MacBook Pro com M1/M2 Max já supre as necessidades em matéria de desempenho, além de oferecer facilidades como a portabilidade.

Algumas das pessoas relataram que, de início, o MacBook Pro não chamou a sua atenção. Contudo, parece que a Apple está sendo “vítima do seu próprio sucesso”, na medida em que o laptop está sendo suficiente para atividades como renderização 3D, edição de vídeos e programação. Até mesmo um engenheiro do WhatsApp disse que está satisfeito usando o notebook.

As reclamações centraram-se na relação entre preço e recursos do Mac Pro. Se comparado a um MacBook Pro de 16 polegadas, o desktop profissional tem um valor quase três vezes maior e as diferenças não são tão atrativas. Ao comparar com o Mac Studio, que também custa menos, as distinções são ainda menores para justificar o preço exorbitante.

Algo que já havia sido apontado anteriormente também foi trazido pelos profissionais que, pelo menos em teoria, seriam o público do computador: a falta de personalização — um dos diferenciais históricos do Mac Pro. O modelo de 2019, com chip Intel, por exemplo, permitia o upgrade da memória RAM (até 1,5TB), da placa gráfica e mais.

O computador lançado neste mês, por sua vez, permite apenas o upgrade do SSD e traz apenas seis slots de expansão PCI Express abertos que suportam o padrão Gen 4, além de um sétimo espaço, que já vem ocupado pelo Apple I/O. Esse é quase o único diferencial da máquina em relação ao Mac Studio, que custa US$3 mil a menos — isso se levarmos em conta o modelo com o M2 Ultra.

Dessa forma, fica claro como o Mac Pro, como lembrou o 9to5Mac, tornou-se ainda mais nichado, ficando destinado àqueles que precisam usar placas de captura ou muito armazenamento local. E, para tirar proveito dos slots, é preciso usar placas específicas, o que desencoraja ainda mais o uso do produto. Suas outras vantagens não empolgam muito, como a possibilidade de adicionar mais portas e mais ventoinhas.

Ainda, profissionais de algumas indústrias têm uma alta demanda por upgrades de componentes das máquinas, o que só piora a situação do Mac Pro antes eles. Pessoas do audiovisual também reclamaram da falta de atenção dada pela Apple a esse campo, também lembrando da insatisfação com o Final Cut Pro.

Uma resposta anedótica à reportagem do The Verge ajudou a resumir os “diferenciais” do Mac Pro. Um dos profissionais ouvidos acredita que o design distinto do computador é mais atrativo que o do Mac Studio, no qual ele não confia em razão do tamanho diminuto. Esse motivo, contudo, não convence muitos a pagarem os US$7 mil, ou R$75 mil no Brasil. 🤷‍♂️

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