No início do ano, noticiamos a divulgação de um relatório da eMarketer o qual previa que o Spotify superaria com folga o Apple Podcasts em número de ouvintes mensais dentro de um período de dois anos. Meses depois, em setembro, o próprio eMarketer atualizou sua projeção afirmando que a empresa sueca ultrapassaria a Maçã nos Estados Unidos ainda em 2021, mais precisamente no último trimestre do ano.
Segundo um levantamento do TecCrunch, todavia, o Spotify já parece ter conseguido superar o seu rival nos EUA. De acordo com o próprio serviço, relatórios financeiros recentes da empresa e informações coletadas pela Edison Research apontam que o aplicativo se tornou o serviço mais utilizado entre os americanos para o consumo de podcasts.
Embora o Spotify não tenha fornecido o número exato de usuários ativos de sua plataforma de podcasts, a empresa declarou ter registrado um aumento de 19% no número total de usuários registrados, chegando a 381 milhões — contrastando com os 365 milhões do mesmo período do ano passado. Além disso, o serviço afirma ter notado um crescimento de, também, 19% entre os usuários do plano pago (Premium), alcançando a marca dos 172 milhões de assinantes, 7 milhões a mais do que o registrado em 2020.
Perguntados pelo TechCrunch, a Edison Research afirmou que tais números dizem respeito ao total de usuários ativos da plataforma, e não ao de downloads do app.
O Spotify vem investindo pesado no mercado de podcasts nos últimos anos, o que inclui a criação de programas exclusivos e o lançamento de um serviço de assinatura para o seu app. Tais esforços já parecem estar dando resultado, uma vez que a empresa deverá chegar a marca de 37,5 milhões de ouvintes nos EUA até 2023, enquanto o Apple Music deverá continuar estagnado com 28,8 milhões.
Daniel Ek, CEO1 do Spotify, comemorou a marca:
Começamos nossa jornada há três anos nos podcasts com um catálogo de cerca de 185.000 programas. Não era nada, em comparação aos maiores players do setor. Hoje, temos 3,2 milhões de podcasts na plataforma, uma taxa de crescimento de mais de 1.500%.
O que nos resta agora é se perguntar se Apple fará algo para retomar a liderança do mercado que ela mesma dominou por décadas. De qualquer forma, teremos que aguardar para ver.