No ano passado, acompanhamos a saga desastrosa da Nothing para levar o iMessage para seu smartphone — o que foi feito através do app Nothing Chats em parceria com a Sunbird, a qual desde 2022 se propõe a lançar uma solução para rodar a plataforma de mensagens da Apple em qualquer aparelho com Android.
Logo após o lançamento, foram descobertas várias brechas de segurança no software, as quais levaram ao seu próprio cancelamento, quanto à suspensão do desenvolvimento do software da Sunbird. Agora, alguns meses depois de todo o imbróglio, parece que ela está de volta ao campo de batalha.
Isso porque a Sunbird anunciou hoje que está retomando os testes de seu aplicativo após realizar “melhorias abrangentes” na sua infraestrutura de back-end, bem como uma “avaliação exaustiva” que resultou em atualizações para resolver os problemas identificados no ano passado — processo que foi detalhado nessa página.
Segundo a empresa, há mais de 165 mil usuários de smartphones com Android na lista de espera para usar o Sunbird antecipadamente — o que demonstra um forte interesse pelo software. Os convites já começaram a ser enviados hoje e o processo será gradual “para garantir um processo de integração de usuários suave e escalável”.
No email enviado aos usuários após inscrições na lista de espera, a empresa aponta que todas as funcionalidades do iMessage deverão funcionar no app — como os balões azuis nos chats, qualidade total de imagens, vídeos, áudios, grupos e reações —, bem como, até mesmo, a troca de mensagens via WhatsApp.
Um grande desafio
Mesmo caso consiga construir uma solução segura para rodar o iMessage em smartphones com Android, a Sunbird poderá ter de enfrentar quem não tem muito a ganhar com isso: a Apple. A empresa, vale recordar, foi a responsável por tirar de circulação uma solução do gênero recentemente: o Beeper Mini.
Para a Sunbird, no entanto, a Apple só teria desligado o aplicativo concorrente porque ele usava engenharia reversa para se disfarçar como um cliente genuíno do iMessage — método que a empresa vê como diferente de sua abordagem, a qual apenas forneceria uma “ponte” entre usuários de Android e iOS.
Quem aí quer pagar para ver?
via 9to5Google